sábado, 16 de abril de 2011

Sombra

Olho uma sombra vagando pela rua
Preta, escura, fria
O medo de saber
O medo de querer

Mas a sombra me persegue
Eu não corro, não tenho medo
Mas estou assustado
Pois com ela, vem a solidão
O pior da morte não me acontece

Cansei de não fazer nada
A sombra é muda e fala tudo
O que eu não quero, mas desejo
O que eu sinto e não vejo

A sombra está do meu lado
Penetrante e ecárdida
Sem rosto e nem face
Semblante de nada

Eu fico olhando-a
Tentando saber o por que do assunto
O por que de tudo
Mas a sombra não fala nada
É sempre fria, séria e calada

Atravesso a rua e ela não some
Mudo de vida, ela me segue
Mesmo com tanto esconderijo
Sombra inútil

Mas então a olho bem
Vejo o clarão a seguir
Vejo que a sombra que está aqui
E a que me persegue, que me acompanha
Desde o meu principio
Até o meu fim

Edelvan Menezes

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