domingo, 17 de abril de 2011

Porre

Impetuosamente sua calamidade me assustou
Depois que percebi que não sou mais que sou
Perdi o medo de ter medo
Perdi o medo de mim mesmo
Aprendi a não respeitar os mais velhos
Aprendi que eles são mais espertos
Pois na fonte da alegria me desperto
Revelando assim o som do sucesso
Aproveitando o que não a de melhor
Sobrevivo do pior sem saber o que é
Talvez a vontade de ser o que não é
Pois tomei pinga demais
O caminho de casa é longo
A pé e com sono, fome e desencontro
O caminho de casa e distante
E vem a fumaça ambulante
Me despreze como sou
Me ignore meu amor
Finja que não existo
Finja, que eu te explico
Que a dor é apenas uma dor
E o amor é tudo que não sou
Vai embora, me deixa!
Não preciso de nenhuma queixa
Meus pés estão gelados
E o caminho de casa e longo
Pois tomei pinga de novo
E nunca mais verei meu oposto


Edelvan Menezes

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