domingo, 27 de novembro de 2011

A sala

Se possui a chave

Não me tire

Entre e feche.

Edelvan Menezes

Nosso tempo

A Noite sussurra na sua boca

-Vem, me leva, me use a toa...

De oca  eco só o arrepio do silêncio

Em gritos e gemidos esparramados de momentos

Alçados e laçados nos teus braços

A minha noite chama a tua

Na boca que te sussurra

Um prazer que nosso corpo assuma

Edelvan Menezes

Simples

Minha noite

Dentro do seu dia

Deitado em sua vida

Se levantando da minha morte

Edelvan Menezes

Vida

Criar a alma

Nascer a alma

Crescer a alma

Mover a alma

Vender a alma

Parar a alma

Dormir a alma

Morrer o corpo

Edelvan Menezes

Devaneio


Em carnes entrelaçadas de harmonia e suor,

a musica soa como noite de chuva

Fria..quente..acochegante no colo do sabor

E eu, acordando para o sono do sonho que por fim

A realidade engole saboreando cada pedaço.

Edelvan Menezes

sábado, 12 de novembro de 2011

Capital de giro

No mistério do mundo dormindo
Pessoas acordam assustadas com o dia
Passam a não mais sonhar
E saem para suas vidas aventuradas.

Um dia de trabalho inútil
Um passo atras do futuro
E meras campainhas que tocam
Ao chegar no fim da manhã.

No almoço, carne fraca
Alimentam-se das visões
Salada de pensamentos
E um gole de sangue.

Mostram serviço a tarde toda
Monstros que comandam a maquina a toa
Maquinas que respiram
E contam seus desvairos.

Em fim de tarde sem promessa de fim
Começam a guardar suas forças
E inventam um caminho para casa
Querendo apenas no dia seguinte
Um pouco mais de sonho.