sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dispersão

Voltei.
E sem clareza e nem distinção
Vejo e revejo a exatidão
que a vontade se seduz.

Fui embora por que os por quês esgotaram-se
Na demora, o filho a casa vai embora
Como a onda que quando bate no corpo
Te leva para um mar de placebos e soluções.

Vem

Venha ver a entoada da vontade de ficar calado.
As palavras são surdas, menos cegas
e em que cruza em tantas mazelas essa tenda
tenta vender o largo cansaço.

Mas infelizmente não posso ficar
O aqui já me expulsou de lá
Com medo de se encontrar
Com a fome de nunca esperar.

A espera sem esperança reduz a ignorância.
E não me venha com ideias iguais
Tal senhor já cuidou dos jornais
Que por copias, entrega a cada porta.

Por educação, me exalto
Criar horas e horas sem espalmo
Tentando fazer de tudo uma aurora
Bem na hora de dizer
Vou embora.

(Edelvan Menezes)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pátria (Des)amada

Retorno o sentimento em lances socialistas
Todos em larga escala de ferrugem
Na obra de uma noite assassina
Recolho os cacos do caos

E no tempo do moinho amaral
Girava-se grandes águas em carnaval
Aparando cada gota em uma mão macia
Gotas de outra noite turgida

Politica de merda que governa os dois átrios
Faz-se batidas em aceleração e disparo
Diante de perguntas indiscretas
--Não vê? olhas a nossa conversa...

E como, sem se importar com tamanha lucidez
Não olha os dois lados de uma vez
Em contra-ponto de armadilha de tontos
Os governantes do socialismo são sonhos

Pois em cada mulher encomendada de cuidar desse país
Não soube administrar tal geratriz
E como louco és, sendo infeliz
Toma de conta todo doce e ainda pede biz

Olha o povo, governanta
Não se porte como as outras antas
Que ao se ver em desvairos
Se pôs em tal amasso
Que não aguentou o laço
E se partiu em tanto cansaço

Aumente o volume, puxem as carroças
Escute todos as vezes que ouvir "Insônia"
Puxe quando se sentir tonta
Carregue em tantos vestidos o branco que te limpa

Quando estiver no fim do seu holocausto
Não se mate no meio da chuva
Nem olhe com tanta ternura
Pois seu governo, exige muita loucura
Tanta, que ao final do dia, não dorme
E nem se cura.