sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dispersão

Voltei.
E sem clareza e nem distinção
Vejo e revejo a exatidão
que a vontade se seduz.

Fui embora por que os por quês esgotaram-se
Na demora, o filho a casa vai embora
Como a onda que quando bate no corpo
Te leva para um mar de placebos e soluções.

Vem

Venha ver a entoada da vontade de ficar calado.
As palavras são surdas, menos cegas
e em que cruza em tantas mazelas essa tenda
tenta vender o largo cansaço.

Mas infelizmente não posso ficar
O aqui já me expulsou de lá
Com medo de se encontrar
Com a fome de nunca esperar.

A espera sem esperança reduz a ignorância.
E não me venha com ideias iguais
Tal senhor já cuidou dos jornais
Que por copias, entrega a cada porta.

Por educação, me exalto
Criar horas e horas sem espalmo
Tentando fazer de tudo uma aurora
Bem na hora de dizer
Vou embora.

(Edelvan Menezes)

Nenhum comentário:

Postar um comentário