Que moras onde o credo necessita
Talvez não mexo nos meus sonhos
Me sirvo com pesadelos medonhos
Onde a alma terrestre me orbita
Como quero acreditar na minha vida
E crer que há algo no vazio
Mas meu cérebro, ainda persiste no frio
Caindo em precipício, meu corpo se estupéfa
Como o sal diluído em água, a razão se apega
E onde for o meu sepulcro silêncio
Escutai o som dos malditos ventos
Entoando no beco da caverna
E de ver em pensamentos distintos
Cai num barco, a chuva e tudo que é divino
E dentro das gotas pesadas de água sujas
Me vejo espelhado de tanta fuga
Que vastidão...
Solto em bocas vermelhas um estalo
Como as musas do velho embalo
Caio em campo na virgília
Passeio, e a mim nego
Que de toda sorte que não acredita em mim
Olhar para capela, e ver o fim
Que nunca mais espero
Edelvan Menezes