quarta-feira, 27 de abril de 2011

Origem

Nasce o primeiro indivíduo
Essa forma insegura e primitiva
Que sente logo os descomeços da vida
Numa pequena síntese de realismo.

O lugar é próprio para a vida
Contem substancias indefinidas
Onde a comida é escassa
Pois o alimento e um vício.

A forma cresce, o ser cresce
E nessa desventura divina
O ar, que propriamente à célula respira
Enfrenta com calma as mudanças exigidas.

O ser cresce, à forma cresce
E no pensamento de nada
Desdém o mundo de tal forma
Que o tudo não é mais infinito.

Assim, ele procura outros fins
E com medo de que tudo, tudo chegue ao fim
Explora, devasta, civiliza
Para que tudo seja conforme necessita.

Depois, ele se sente atraido
Por outra forma insegura de vida
E procura assegura-la de toda graça divina...
E nasce o primeiro individuo.
Edelvan Menezes

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Postumado

Eu morri.
Depois de ter matado o vazio entre mim.


Eu morri.
No mais doloroso morrer,
que sem injuria
não me fez crescer.


Eu morri.
E depois da morte causada por mim,
vivi momentos de nada
com um vazio sem graça,
que nem a graça sustentou
ao cair em cima do meu sorrir.


Eu morri.
E dentro do caixote quadrado e apertado,
me vi sem ar, sem ninguém e abandonado
apenas uma barata tonta sem direção a seguir.


Eu morri quando vi seus olhos em conjunto com sua boca
misturado com seus gestos de princesa incandescente 
em lua nova me dizerem: Tenho nojo.


Eu morri ao perceber que só vinha a perceber agora
que eu deveria perceber desde o começo 
que o desprezo era uma criança enciumada
pela verdade que o traga esperança e medo.


Eu morri com os olhos abertos, 
sem realmente um teto
com luzes amarelas de sonhos quietos 
num mero e simples pote singelo.


Pote da vergonha,
jogarei fora o meu passado (mais uma vez)
jogarei fora os papeis de pensamentos
que vieram com o vento
sem aurora ou madrugada.


Eu morri.
no mais fúnebre pensamento
com a esperança de um momento
você vir me salvar.


Mas quieto estou.
Não fumo, nem bebo, nem respiro.
Os prazeres acabaram na mais total falta de vergonha,
que com a insônia, 
não deitava e maltratava o corpo vazio.


Vazio, que no mais arrepio de pele levantada,
feito carne emputrefada
no caldo de um complexo rio.


Frio, que no inverno me esquenta e no verão me atormenta,
como as folhas caindo no colo de uma freira
que rezou numa sexta-feira 
para minha morte já ir vindo.


Na verdade, sofro sozinho.
no mais vislumbre sorriso de vela envenenada
como beijo da amada 
nos meus sonhos mais sombrios.


Queria eu ressuscitar assim,
como cristo encruzilhado
num livro abandonado
de folhas sem fim.


Mas não me esqueço, eu morri.
e como sonho de menino,
de ser feliz, viver sorrindo
e brincar o dia inteiro
sem se preocupar com seu futuro e destino.


Morto numa cova bípede,
que anda livre entre os humanos
fingindo ser humano
para afogar os meus deslizes.


Tonto, desvio atenção do ódio
no mais sensível ócio 
de inutilmente não ficar dócil
e empurrar os outros no abismo.


Basta! O amor não faz sentido.
Se estou julgado a cometer póstumos atos
de fantasma assombrado
assombrando o seu caminho.


E assim, crio à janela para a fuga
desse mundo tão profundo
onde o escuro consome tudo
que o claro tem como amigo.


Mas não consigo,
minhas pernas já se decomporão
com o passar dos séculos que venho me esvaindo.


Portanto, lhe chamo pra minha missa
que ai de rezar um dia,
onde minha alma de agonia
ira gritar com a alegria de um vivo,
seja bem vindo.
Edelvan Menezes.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nação

Aspargos de necessidade vis
Planejado pelo fúnebre nascimento
Veio feito presa fácil na direção
Velho feito força que proclama o silêncio


Escaravelho do sentido oculto
Luto pelo momento de ter que ver
Necessidade de presa fiel
Só morra comigo


Infáveis como amarelo tosco
Osso do humano, sustento natural (e fraco!)
Como pássaro voando, azul
nú, azul e nú, anú


Que martiriza a sensação de bem estar
Um olhar, um colar, nada a pensar
Breve palavrão
Empurrão de meninas


Camílas, carolínas, comadres
Mulheres de corpo e de cara
Mais caras que a grana que as compram
Malvinas e vindas de esmola


Que o mais puro desamor
Imploram pela vela que clareia
Definem o mar de loucura
Comentam o caldo vislumbro
Edelvan Menezes

terça-feira, 19 de abril de 2011

Universo Paralelo

Horas em troco diluído de pensamentos infames
Caem na mesma moeda, derrama miséria
Maltrata um corpo físico, destrói momentos
Não tenho mais motivos pra idéias

Parece que o tempo conspira contra
Andar na ponta do precipício sem corda
Pisar na onda turvante que quebra o sigilo
Acabei de pisar e quebrar o caco de vidro

O corte, penetrante e profundo, não fere
Mata, no mais vislumbre vermelho velho
Cor do vinho que tomei contigo, sinto
Acordei pra dor, agora eu vivo

O curativo esta longe do meu alcance
Distante, o mais elevado que nem o instante
Que de repente, provoca um grito explosivo
Corroído, àcido em pele fraca de um toque macio

O tempo é encrivelmente sádico
A culpa não e dele, é da vida que me deixa estar
A droga que vicia, macia como aço
Sensível como couro que envolve a marmita

Na hora da partida é que eu sinto fome
Não como porque à comida não é minha
Não pertence mais, é iguaria
Até porque, não sou (e nem era)
Digno de tanta alegria.

Edelvan Menezes

domingo, 17 de abril de 2011

Brisa na rede

Da vida se comemora os loucos
Tolos de feira livre, livros
Tijolos de um prédio simples, modesto
Miolos do cara morto na rua

Que bons ventos te trazem agora?
Que frutos comerei no almoço?
Alvoroço, mordi a porra do caroço
Sinceridade se espera, vai do doer

Da flor que não trago pra você
O cheiro fedorento das pétalas
A cor bela e inútil da vida
Que vida

Na arte do museu moderno
Se vê a noite de dia
Ela brilha, insípida
Facada ao meio dia

A morte não tem hora
Já perguntei à ela
Nem data, seu nascimento é discreto
Seu surgimento é esperto

Adeus eu digo à todos
Tolos, vivem mortos
Num simples piscar de olhos  
Edelvan Menezes

Outubro de Fevereiro

Não se iludam, o monstro ainda habita em mim
O desprezo pelo zelo me detem
Ainda estou cercado pelo mar
Não escondo, tão pouco oponho


A droga ilícita do prazer abençoado
Que chato, a droga do cansaço
O monstro que destruiu o barco
Ainda resiste


Não se movam, calados e quietos
A moda ainda é uma merda
O amor ainda persiste
O caso é indiscreto


A porra da vergonha fugiu do meu pensar
As emoções estão sendo vomitadas
A digestão de 5 meses persiste
Quero comer o ano


O ano que não vivi
Metas de metros ao teto
Cabeça baixa, de nada
Um obrigado pelo castigo


Ele foi proveitoso
Aprendi que não devo aprender
Demais, sobrevivia de um prazer insano
Tudo coberto por de baixo dos panos


O mar secou, o monstro não tem aonde morar
Não tem mais onde procurar
O mar secou, o monstro não tem aonde viver
As ilhas ignoraram seu viver


Já perdeu o efeito
Não existe mais o não
Isolado, sem pensar em nada
Acabei pensando na droga
Que é o prazer de pensar em você


Edelvan Menezes

Porre

Impetuosamente sua calamidade me assustou
Depois que percebi que não sou mais que sou
Perdi o medo de ter medo
Perdi o medo de mim mesmo
Aprendi a não respeitar os mais velhos
Aprendi que eles são mais espertos
Pois na fonte da alegria me desperto
Revelando assim o som do sucesso
Aproveitando o que não a de melhor
Sobrevivo do pior sem saber o que é
Talvez a vontade de ser o que não é
Pois tomei pinga demais
O caminho de casa é longo
A pé e com sono, fome e desencontro
O caminho de casa e distante
E vem a fumaça ambulante
Me despreze como sou
Me ignore meu amor
Finja que não existo
Finja, que eu te explico
Que a dor é apenas uma dor
E o amor é tudo que não sou
Vai embora, me deixa!
Não preciso de nenhuma queixa
Meus pés estão gelados
E o caminho de casa e longo
Pois tomei pinga de novo
E nunca mais verei meu oposto


Edelvan Menezes

Mente suja

Olhe o lixo na calçada
Lixo urbano não presta
O cultural que me interessa
O resto, somente me estressa


Jogue ele no lixo
Lixo no lixo não traz diferença
Muito menos à crença
De que lixo é lixo


mas se pararmos e pensarmos
O lixo pode ser aproveitado
Por mais que seja desagradável
isso é um fato aceitável


Mas se for urbano não presta
Nem junte, nem mexa
Simplesmente esqueça
Lixo urbano não presta


É tudo caro, chato, limitado
Todos tem à mesma cor
Todos fingem à mesma dor
São meros lixos sem amor


Olhe o lixo na calçada
Se for urbano nem olhe
Simplesmente esqueça
Passe à frente, verá o lixo que deseja
Edelvan Menezes

Ordem da desordem

Você não sabe o que acontece
Quando teu corpo colado no meu
Cria um clima de emoção
Quando seu calor de pele
Me faz pirar em vão

Você não sabe o que acontece
Quando nossa cama fica linda
Com você toda nua e despida
Imaginando num toque de prazer
No seu corpo me seduzindo

Você não sabe o que acontece
Quando te jogo excitado
Quando te beijo, indo pra baixo
Com movimentos exalados
Nossos corpos suados de cansaço

Com a energia de uma transa sedutora
O fogo arde na banheira
Pensamentos quentes, bem elaborados
Pra te seduzir com um arrepio na nuca
Experimentando o doce sabor da loucura

Perfume que exala sedução
Trancados a céu aberto
Sem nem um pingo de noção
Descobrimos o valor da paixão
Edelvan Menezes

Boêmica

O que aconteceu com nossa moça?
A grande mulher vivida, sofrida, vadia
Mulher de todos, mulher de ninguém
Onde está essa mulher?
Ninguém sabe, ninguém vê


Procurem na casa dos mais requisitados!
(dizem os advogados)
Procurem na casa dos mais energéticos!
(dizem os médicos)
Procurem na casa dos mais afortunados!
(diz o delegado)


Todos querem que ela volte
Para servi-los aos prazeres da vida
Pra mostrar que é capaz de nunca ser traída
Para olhar os homens e dizer o que necessita


Mas cadê à moça?
Que de moça nem à rosca tinha
Que da rosca, bem jeitosa vinha
Que na prosa, arrancava dos que mais tinham


Mulher de todos, mulher de ninguém
Cadê você meu bem?
A queria e bela menina
A que todos chamam de mulher da vida
Edelvan Menezes

Adolescentia

São meras pessoas que mastigam seu querer
Servem para lhe trazer esperanças falsas
Momentos bons de desespero
Se aproveitam do seu apelo
Sem querer o teu beijo
Somente o teu desejo
Se entregar sem medo
Mas depois a vida ensina
Que o mais belo não e à vida
E sim o fato de ser tola
De um dia ser moça
De uma vez dizer sim
Quando mexer, diz que vem aqui
É claro que o ato consumado
Nunca justifica a razão
E vice-versa, com precisão
Não querer querendo
Avançando o que é lento
Desperdiçando o seu tempo
Pra depois passar horas em choro
E lamento
É só momento
Assim se vai passando
Você não aprende nunca
E sai andando
Com cara baixa, sem cor
Com olhos calmos, sem dor
Meras consciências
Meras evidencias
Simples trapos de convivência
Outras a matam
E transformam em ciências

Edelvan Menezes

Olhos abertos

Todo, um todo, um tosco
Não tem, não existe, nunca viu
Desleixou, relaxou, ignorou


O nada, do nada, sem nada
Notórias, dedicatórias, Idiotas
Manias, estripulias, gírias
Convenções, ações, ilusões


Andei, caminhei, parei
Pra ver, viver, querer
Olhar, sem nada, na praça
Um homem, na ponte, de longe


Não assisti, fugi, menti
Corri, andei, não parei
Não descansei, não pensei
Nem morri


Apenas senti, vivi, 
Com emoções, canções, empurrões
Pro futuro, do mundo, do tudo
Sé restou apenas um muro
Duro
Curto
Escuro
Edelvan menezes

sábado, 16 de abril de 2011

Largo do vazio 73

Sentei, e esperei
Olhei para os lados
E nada senti
Apenas sentei

Sentei, e procurei
Os lados estavam cheios de pessoas
Não me importei
Apenas sentei

No banco da calçada mais desejada da cidade
Eu olhava à paisagem
De tarde, no largo, e nunca me esquecerei
Apenas sentei

No chão mais limpo de que todo o limpo
Poderia chegar nem perto
Eu sentei
E nem rezei

Parece que à vida é simples
Praticamente triste
Sem nada que o faça feliz
Mas relaxe, descanse,
E leve o seu chapéu
Pois vai estar sol
E um dia, com todo orgulho do nada
Dirá para si mesmo
Eu sentei
E esperei

Autor:  Edelvan Menezes

vácuo

É engraçado quando não se tem idéias
A mente fica vazia
A razão se dispersa


O coração fica frio
O corpo treme à beça
As mão tornam-se rígidas
O amar nunca começa


O sol desaparece do monte
A lua não sobe do morro
As estrelas apagam-se em me ver
A agua seca com o fogo


Os animais não ficam no cio
As pessoas não sentem tesão
As coisas ficam as mesmas
Tudo porque não se pede o perdão
Autor: Edelvan Menezes

Sombra

Olho uma sombra vagando pela rua
Preta, escura, fria
O medo de saber
O medo de querer

Mas a sombra me persegue
Eu não corro, não tenho medo
Mas estou assustado
Pois com ela, vem a solidão
O pior da morte não me acontece

Cansei de não fazer nada
A sombra é muda e fala tudo
O que eu não quero, mas desejo
O que eu sinto e não vejo

A sombra está do meu lado
Penetrante e ecárdida
Sem rosto e nem face
Semblante de nada

Eu fico olhando-a
Tentando saber o por que do assunto
O por que de tudo
Mas a sombra não fala nada
É sempre fria, séria e calada

Atravesso a rua e ela não some
Mudo de vida, ela me segue
Mesmo com tanto esconderijo
Sombra inútil

Mas então a olho bem
Vejo o clarão a seguir
Vejo que a sombra que está aqui
E a que me persegue, que me acompanha
Desde o meu principio
Até o meu fim

Edelvan Menezes

Rua

A rua ainda continua vazia
As pessoas não passam
Ficam sozinhas
Desinibidas

A rua continua na escuridão
Iluminação a parte nem tem
A sombra lá na rua não existe
A escuridão engole todas

A rua continua limpa
O cristal prevalece
No mais brilhante negro
No mais profundo exagero

Mas é claro, a rua esta vazia
Se ninguém passa
Não acontece nada
E tudo para

Chega alguém na rua vazia
Ela já não é mais vazia
Agora é calma e movimentada
Uma pessoa muda tudo
Isso é um absurdo
Edelvan Menezes

Mente Virgem

Quer algo mais quente que isso?
O doce dos doces que sinto
Sem magoas procuro o que vivo
Mas que droga, que idéias
Desisto

Acima estão todas as minhas loucuras
Tão pouco procuro minha cura
Se o que mais amo e viver
Sempre tendo algo pra comer

Me alimentar de coisas fúteis
Sem antes perguntar o que pensei
Ao velho livro que emprestei
E correndo estou aqui, cheguei

As águas digo muito sobre min
O tédio a transforma em vinho
O do mais tinto
O do mais brilho

Do primeiro verso que desisto
Vejo que toda vez persisto
Andam descalço sem laço
Procuro o mais puro amasso

Mas as magoas de um futuro
Persistem em meu mundo
Vasto mundo
Que mundo...

Explanationem

Definindo o amor
Que graça sem cor
Nem cheiro nem perfume
Nem beleza nem estrume

Cega os mais velhos
Acalenta os mais quietos
Formas seguras de se segurar
Formas divinas de amar

Amar e quando o corpo surge das trevas
Sem pressa e calma
Um ar de bagaça
Que vive dentro da mata

Mata virgem da mais pura dor
Destrói os mais fracos
Constrói os mais fortes
Sem pressa digo seu nome

Mas o amor e o deus da morte vivida
Vida bandida, varrida, despida
Sem cor nem cheiro
Sem perfume, sem relevo

Amar e como eu e nos
Somos almas SOS
Precisando de alguém para crescer
E que não nos deixe se auto-prender
Edelvan Menezes

nocte


Algo aconteceu com seu semblante
Enconlhes todo o seu corpo
Em um canto pra nimguem ver

Fica calada, não fala nada
A moça quieta não existia a algum tempo
Não tens nem a falta de nada
O que te faz ficar com essa cara?

Será tristeza irradiante?
Será alegria enrrustida?
Uma simples frase te acalmaria?
Ou um grande beijo lhe agradaria?

Um abraço sincero
Uma presença, um afeto
Algo pra você mastigar
E faze-la existir

Sem o blante

As lagrimas escorrempelo rosto
Algo aconteceu com seu semblante
Enconlhes todo o seu corpo
Em um canto pra nimguem ver

Fica calada, não fala nada
A moça quieta não existia a algum tempo
Não tens nem a falta de nada
O que te faz ficar com essa cara?

Será tristeza irradiante?
Será alegria enrrustida?
Uma simples frase te acalmaria?
Ou um grande beijo lhe agradaria?

Um abraço sincero
Uma presença, um afeto
Algo pra você mastigar
E faze-la existir

multidão

Minha vida eu construo so
As dos outros nem tenho do
Elas são chatas pra min e vice-versa
Elas me incomodam e eu sorrio a beça

Alegria de uma vida sincera
Digo a todos que não presta
Que droga e mais severa
Usem-me sem dor, na volta lhes trago o amor

Mentiras em sentido
Você e mais um navio vazio
Senta ai e toma um copo
Ela ira cair direto no seu colo

Não reclame de coisas boas
Talvez elas se transformem em coisas más
Ai eu quero ver o que será
Quando tudo se por no lugar

Leviano e pouco
Brutalmente  louco
Armadilhas de bobo
Tão pouco caio nesses planos tolos

Edelvan Menezes

inverso

Na dor
Na morte
Na sorte
Vida de pobre
Vida bandida
Sofrida
Vivida
Uma dor
No amor
Na vida
No azar
Vida certinha
Vivida
sofrida
Edelvan Menezes

O nada explica tudo

O que fazem pessoas comuns com esses pilares?
Tentas achar bonita o que não e
Menina, menina, senhora

Que com os olhos te amasso
Vem o medo do cansaço
Que com a mão te aperto
Vem sufocar-me com um beijo eterno

Meninas, mulher, aprendizes
Umas belas e outras esfinges
Com ar que crava no peito
Como a sombra, que morre ao relento

Vive sem tragédia alguma
Ou a tragédia que não vive sem você?
Tens que sonsolidar o tempo
Ele e inútil

Termina como o calvário da paixão
Prosseguir com amor da solidão
Meninas, mulheres, velhinhas
Ate quando será seu eterno desamor?

Ate quando vivera sem encontro?
Ate quando morrera sem angustia?
Ate quando?
Edelvan Menezes