terça-feira, 7 de junho de 2011

Sonhos Elísios

O como e o porque já não importam mais
Até por que já não tem como importar
Na maioria das vezes eu fui viajar
Que viajem, mal sai do lugar;

Pelas boas e sensatas caminhadas
Parece que o chão me governa
Meus pés obedecem feito criança amedrontada
Descomuniada, vive em casa envenenada

Mas mal sai do lugar
E sera que eu estou nesse lugar?
Sera que minhas ideias,
misturadas com as minhas loucuras
Tem pelo pingo de vergonha e doçura
De me porem no devido lugar?

E em que lugar de quintal brincante
Eu, como muitos cachorros e crianças irritantes
Guardei meu brinquedo?
Que no sentimento de extase em plena brincadeira
Guardei esse brinquedo em tamanha asneira
Num pedaço de terra branco?

A fraqueza incomoda a loucura
Ela precisa de coragem para existir
Afinal, quem não tem um brinquedo em casa?
Guardado nos mais perdidos sonhos
Dizendo que ali houve um passado
No mais inocente encontro

Então , preso em minha balança que chamo de corpo
Coloco pesos inutimente, com um ar indolente
De ver o que mais vale
E logo, em tão mero desencontro
Pergunto-me, sem esperar mais um sonho
O como e o porque, já não tem seus validos pontos

 Edelvan Menezes

Nenhum comentário:

Postar um comentário