Tolos de feira livre, livros
Tijolos de um prédio simples, modesto
Miolos do cara morto na rua
Que bons ventos te trazem agora?
Que frutos comerei no almoço?
Alvoroço, mordi a porra do caroço
Sinceridade se espera, vai do doer
Da flor que não trago pra você
O cheiro fedorento das pétalas
A cor bela e inútil da vida
Que vida
Na arte do museu moderno
Se vê a noite de dia
Ela brilha, insípida
Facada ao meio dia
A morte não tem hora
Já perguntei à ela
Nem data, seu nascimento é discreto
Seu surgimento é esperto
Adeus eu digo à todos
Tolos, vivem mortos
Num simples piscar de olhos
Edelvan Menezes
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