domingo, 17 de abril de 2011

Brisa na rede

Da vida se comemora os loucos
Tolos de feira livre, livros
Tijolos de um prédio simples, modesto
Miolos do cara morto na rua

Que bons ventos te trazem agora?
Que frutos comerei no almoço?
Alvoroço, mordi a porra do caroço
Sinceridade se espera, vai do doer

Da flor que não trago pra você
O cheiro fedorento das pétalas
A cor bela e inútil da vida
Que vida

Na arte do museu moderno
Se vê a noite de dia
Ela brilha, insípida
Facada ao meio dia

A morte não tem hora
Já perguntei à ela
Nem data, seu nascimento é discreto
Seu surgimento é esperto

Adeus eu digo à todos
Tolos, vivem mortos
Num simples piscar de olhos  
Edelvan Menezes

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