domingo, 17 de abril de 2011

Outubro de Fevereiro

Não se iludam, o monstro ainda habita em mim
O desprezo pelo zelo me detem
Ainda estou cercado pelo mar
Não escondo, tão pouco oponho


A droga ilícita do prazer abençoado
Que chato, a droga do cansaço
O monstro que destruiu o barco
Ainda resiste


Não se movam, calados e quietos
A moda ainda é uma merda
O amor ainda persiste
O caso é indiscreto


A porra da vergonha fugiu do meu pensar
As emoções estão sendo vomitadas
A digestão de 5 meses persiste
Quero comer o ano


O ano que não vivi
Metas de metros ao teto
Cabeça baixa, de nada
Um obrigado pelo castigo


Ele foi proveitoso
Aprendi que não devo aprender
Demais, sobrevivia de um prazer insano
Tudo coberto por de baixo dos panos


O mar secou, o monstro não tem aonde morar
Não tem mais onde procurar
O mar secou, o monstro não tem aonde viver
As ilhas ignoraram seu viver


Já perdeu o efeito
Não existe mais o não
Isolado, sem pensar em nada
Acabei pensando na droga
Que é o prazer de pensar em você


Edelvan Menezes

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