domingo, 28 de agosto de 2011

Maria no país das misérias

A toca do coelho abriu
Da onde saiu tanta gente?
Buraco pequeno, conteúdo inútil
Cabe mais gente que o próprio absurdo

O campo esse que pisa
De ventos se alimenta
Os cânticos altos nos iluminam
As pragas nos observam

Pureza de virgem safada
Amor de homem infiel
Vida toda descarrilhada
Dos caminhos que levam ao léo

Acabam-se em tantos começos
Ao poder, deixo minhas liras
Sem poder, quero que revida
Tantos alarmes de vida

A pedra que deixei no caminho
Serviu de impasse para o seu destino
Quebram-se cabeças de martelo
Quero ver se um dia te quero

Entoadas dos teus dentes
Aflitos, querendo gente
Do buraco que o coelho tampou
Nunca mais eu vi o meu amor
edelvaN menezeS


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