quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dialogo dos deuses

A resposta perguntou para a pergunta
-Por que me perturba tanto?
Com que direito vem ao meu encontro?
Por que não se contenta com meu silêncio risonho?

A pergunta respondeu para a resposta
-Faço o que quero com o que não sei
Não me importo com o que verei
Pois em consequências nada tomarei

Em contrapartida, a resposta já dizia
-Meu caro incrédulo companheiro
Quem paga as consequências não é teu zelo
Mais o que causas com tanto receio

A pergunta, já muito puta:
-Quem sem importa com os receios?
Eu não chamo ninguém só pelo desejo
Todo mundo tem seus medos e anseios

A resposta, ainda querendo prosa:
Mas quem é você pra tentar controlar minha natureza?
Suas perguntas, seus motivos, tudo é frieza
E sabe que nada em mim é certeza

A pergunta, sem razão aparente
-Como é que uma reles resposta pode me questionar?
Não compreendo agora esse teu tutebear
Sabe que esse papel é do meu achar

A reposta, ocultando a verdade como sempre:
-Sabe que quem te procura são os curiosos
As pessoas que não tem medo de mim
As coisas que nada fazem sentido sobre si

A pergunta, se defendendo de nada
-Não sou bom em responder,
Mas posso te afirmar
Quando eu sou chamado, é sempre pra vim te buscar

A resposta:
-Não sou fugitiva!
A pergunta:
-Isso você afirma!
A resposta:
É você que tudo duvida!
A pergunta:
Faz parte sua tampar a lacuna da vida!
A resposta:
Faz parte sua abrir as mesmas!
As duas, ao mesmo tempo e tão unidas:
Somos a razão de toda essa confusão!
Edelvan Menezes

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