segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ingrata

Não a convicção na realidade
A triste e amargurada idealizadora de tudo
Como bons representantes da verdade
Tentam esclarecer o árduo mundo.


Procurar o nascer da paisagem
Não, o negro já embrulhou de presente
Serve apenas como enfeite
Ingênua vida, o que te abriga tanto sonho?


Como posso confiar em ti,
se nem ao menos me acompanha?
Como posso julga-la ao meu favor,.
se está contra mim?


Oh! incrédula e sistemática ineficiência
Tão bela é a sua pratica
Tão inútil sua prevalência...


Não és fiel ao partir
Foge com tanto prazer de fingir
Que acaba esquecendo de nascer
Mortal é tua fuga.


Já o cego da razão --o que olhos de águia guia--
Enxerga só o que não vê
E mexe com os outros
e percebe, sem o menor interesse
Que o medo de não ter medo, não existe mais.


Oh vida...Já é meia noite clara
E como côrte, desejo-te o nada
É o que merece por ser abstrata
Tão imbecil na madrugada.


Edelvan Menezes

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