domingo, 1 de maio de 2011

Desabafo

Não sou poeta
Sou apenas um canalha de alma perdida
Fazendo versos com poucas rimas
Para à pessoa que inutilmente o interpreta


Não sou poeta
Sou apenas um vagabundo sem motivo
Falando merda, escrevendo o que digo
Um homem vazio, como duras e fechadas pedras


Eu apenas escravizo os sufixos de minhas rimas
Mas elas rebelam-se
Fazendo o que querem da minha vida


Mas lhe aviso, não sou poeta
Sou apenas um morador da minha fisiologia
Degradando e se aproveitando das minhas feridas
Comunicando ao ninguém a minha mente nada aberta


Sou fechado para mim
Defeito de criança, genética sem lembrança
Onde aceito tudo que não é meu
Vivendo num paradoxo pior que de um ateu


Mas, será que é pedir demais?
Não sou poeta, e nunca escreverei pensando
Na forma, na obra e na estrutura dessa poesia
Além do mais
Não ligo pra essa vadia em forma de letras
Edelvan Menezes

Um comentário:

  1. Edelvan, meu amigo! Posso falar?! Seu blog tá de tirar o chapéu! Muito foda! Você é um talento nato. Pelos seus textos, posso constatar que não é de hoje seu relacionamento com as artes! Continue postando por aqui, que sempre estarei acessando! :D

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